Durante a gestação, você vai ter muitas questões práticas para resolver, da decoração do quarto até o que comer nos primeiros dias com o bebê em casa. Quanto melhor for sua organização, mais fácil lidar com tantas novidades no pós-parto
Como
organizar as visitas
Não, você
não entendeu errado, não. É uma delícia que todos queiram conhecer seu bebê,
mas o entra e sai no quarto da maternidade e até mesmo na
sua casa pode cansá-la. Afinal, você acabou de ter um filho, está se
acostumando com todas as novidades e lidando com a amamentação. Na maternidade,
você pode optar por avisar todo mundo depois que ele nascer, e não quando
estiver em trabalho de parto, por exemplo. Faça uma lista com os telefones
de todos os que deseja que sejam avisados. Deixe engatilhado também um e-mail
de boas-vindas. Você não precisa ir ao cabeleireiro, mas é legal colocar na sua
mala da maternidade itens básicos de uma necessaire, como batom e rímel. As
visitas no hospital costumam ser mais curtas e você não precisa se
preocupar com a organização do espaço, mas não é difícil que o quarto fique
cheio em alguns horários. Em casa, se não estiver disposta a receber ninguém
nos primeiros dias, peça aos parentes e amigos que aguardem um bocadinho.
Uma alternativa é fazer com que todos venham em um só dia. Assim, você se
preocupa com a organização de uma única vez.
Quem vai
cuidar da faxina
Chegando
da maternidade, aliás, uma coisa é certa: a casa precisará estar limpa – o
sistema imunológico do bebê não está completamente desenvolvido e ele é mais
suscetível a infecções, por exemplo – e organizada (para o seu próprio bem).
Saber quem vai ficar responsável por isso antes dele nascer é crucial, e são
várias as opções. A primeira é contratar uma empregada que cuide da rotina
doméstica. O ideal é que ela comece antes da chegada do bebê, para
que você tenha tempo de testar o serviço e adquirir alguma confiança.
Se a opção for uma diarista, veja se não é o caso de chamá-la duas vezes na
semana. Outra alternativa é ter uma empregada e uma babá, mas demanda uma folga
maior no orçamento. Seja qual for a sua escolha, combine tudo o que ela vai
fazer antes do nascimento do seu filho para evitar mal-entendidos depois. Caso
você não possa contratar uma pessoa, o importante é se adaptar às novas tarefas
– e dividi-las, claro, com seu parceiro. O recomendado é focar nos ambientes de
maior fluxo, como cozinha, quarto do bebê e banheiro, e na lavagem
das roupas. Irmãos, amigos e parentes próximos podem formar uma rede de apoio.
Érica Ilves Ribeiro, 34 anos, assistente financeira, mãe de Maria Clara, 3,
teve ajuda da mãe e da sogra na primeira semana. “Estava louca para ficar
sozinha com minha filha, mas o auxílio delas foi fundamental! Hoje aceitaria a
ajuda delas até a hora que não quisessem mais”, afirma. Veja o que é melhor
para você.
Alimentação
(ainda) é importante
Como você
percebeu, seu tempo nunca mais será o mesmo. Com um bebê em casa
vai ser uma missão impossível visitar o supermercado por algum tempo.
Então, o melhor é fazer uma boa compra antes do seu filho nascer. Se tiver
alguém para cozinhar, ótimo. Se não, seu companheiro pode assumir essa
incumbência – e sua mãe ou sogra podem levar comida nos primeiros dias. Além de
ter alguns itens prontos congelados, como feijão, você pode também deixar
alguns vegetais congelados por até dez meses e preparar uma receita caseira de
tempero que dura até 25 dias na geladeira. Vale delivery? Claro que sim, desde
que você não descambe para a dupla pizza e sanduíche. Faça a lista de
restaurantes que entreguem refeições, com telefone e as especialidades. E todo
esse cuidado não é exagero, não. O que você comer, além de ter impacto na sua
saúde, influencia diretamente na qualidade do leite que produzirá (e você tem
que consumir 600 calorias a mais durante o período de amamentação). Outro
componente importante para a produção do leite, aliás, é a água. A recomendação
é que você beba pelo menos dois litros por dia (nessa conta entram sucos e até
mesmos sopas). Mantenha uma moringa sempre por perto. Se tomar água é uma
dificuldade para você – nem todo mundo é obrigado a gostar, afinal –, odorize-a
com folhas de hortelã, gengibre, pedaços de maçã ou melancia.
Guarda-roupa
novo
E,
finalmente, chegou a parte que 99 em cada 100 mulheres adoram: as compras! Se
fazer para a gente já é uma delícia, para o seu filho o prazer vai ser ainda
maior. E você tem uma boa desculpa: um enxoval para montar. Para não cair na
tentação de levar tudo para casa, a servidora pública federal Carla
Ferreira Vasconcellos, 36 anos, mãe de Antônio, 9 meses, Emmanuel, 5, e
Francisco, 9, fazia uma lista em todas as gestações para saber o que comprar,
mas... “Normalmente, eu aumento e me arrependo. Já fiz isso três vezes.” Uma
opção é começar a organizar o enxoval depois do chá de bebê. Faça uma
lista com tudo o que falta e vá às compras. Se você não ganhou e tiver de escolher
a bolsa do bebê (que não é a mala da maternidade), avalie o peso dela sem nada
dentro e a praticidade para limpar. Por volta do sétimo mês de gestação, lave
toda a roupa que a criança vai usar com sabão neutro e sem amaciante, para
evitar possíveis alergias.
Mas não é
só o seu filho que precisa de roupas novas, não. Durante a gravidez, você
pode adquirir algumas peças que vão ser ótimas no pós-parto também. As blusas
que privilegiam o busto são uma boa opção (lembre-se de que os seios vão estar
maiores no pós-parto). Outra peça considerada curinga, por combinar com vários
looks, é a camisa branca para gestante (veja abaixo).
Nos primeiros dias, é provável que você não saia com o bebê, mas logo os
passeios voltarão ao normal.
Sim, é
muita coisa para pensar em nove meses. Nem tudo vai acontecer, dar certo ou
sair como você esperava, e está tudo bem. Ninguém nasce sabendo ser mãe,
mas toda essa experiência vai torná-la uma aprendiz e tanto. E não tenha
dúvidas: você está se preparando, da melhor forma que poderia, para
receber o grande amor da sua vida.
Fonte:
Revista Crescer